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Autor: Ana Notte

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Coração

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Coração | 27 de outubro de 2022

Estresse crônico é fator de risco para doenças cardiovasculares

Em circunstâncias normais, o estresse é uma resposta do organismo a situações combativas ou algum tipo de ameaça. Porém, caso se torne crônico, esse tipo de reação pode afetar o funcionamento de diferentes órgãos e sistemas, comprometendo a saúde física e mental e a qualidade de vida do indivíduo. O aumento ou a diminuição do apetite, diarreia ou constipação, dores de cabeça, insônia, perda de concentração, dores do peito e o aumento da pressão arterial e da frequência cardíaca são sintomas comuns entre pessoas que sofrem de estresse crônico. Recentemente, o estudo Interheart, realizado em 52 países e 5 continentes, avaliou os diferentes fatores de risco para doença arterial coronariana ao redor do mundo.  A pesquisa constatou que casos de infarto são muito mais comuns entre aqueles que enfrentam adversidades psicossociais, como problemas financeiros, conjugais ou muita pressão no trabalho. Para quem já sofre com doenças crônicas, o estresse pode elevar em até 50% os riscos de ataque cardíaco, derrame e morte súbita cardíaca. Além disso, diversos outros estudos já provaram a relação entre o estresse intenso e a aterosclerose, ou seja, a obstrução dos vasos sanguíneos por gordura e células inflamatórias.

O impacto da pandemia

O isolamento social imposto pela pandemia de Covid-19 teve um efeito devastador sobre grande parcela da população. O estresse, somado ao medo, à ansiedade e ao sentimento de solidão contribuíram para a elevação das taxas de ansiedade e depressão, a nível global. Somente em 2020, houve aumento de 27,6% em casos de transtorno depressivo grave, no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, o número de pessoas diagnosticadas com depressão cresceu 40% entre o período pré-pandemia e o primeiro trimestre de 2022. As informações são do levantamento Covitel, uma iniciativa da Vital Strategies e da Universidade Federal de Pelotas (UFPel).  Em 2020, problemas osteomusculares e transtornos psicológicos destacaram-se como justificativas para afastamento do trabalho e requisição do auxílio doença, segundo o INSS. Paralelamente, um levantamento inédito da 3SEG constatou um aumento de 329% em gastos com terapia entre executivos, entre 2020 e 2021.

Síndrome do coração partido

Popularmente conhecida como síndrome do coração partido, a Síndrome de Takotsubo é uma condição desencadeada por estresse agudo, emocional ou físico. O episódio é caracterizado por uma disfunção temporária no funcionamento do músculo cardíaco em que o ventrículo esquerdo sofre uma espécie de paralisia, o que o impossibilita de bombear sangue para o resto do corpo. O quadro é normalmente provocado por situações traumáticas, como a perda do emprego, a morte de uma pessoa querida, violência doméstica, o fim de um relacionamento, entre outras. Embora possa afetar pessoas de qualquer idade, a Síndrome de Takotsubo é mais comum em mulheres acima de 50 anos, idosos e portadores de transtornos neurológicos ou psiquiátricos. Felizmente, a condição raramente leva o paciente a óbito e não deixa sequelas, mas não por isso deve ser ignorada, já que um episódio causa sintomas semelhantes aos de um infarto, como dores no peito, falta de ar, angina, arritmia, cansaço extremo e desmaios. A ajuda médica imediata é fundamental para evitar que o quadro evolua para algo mais grave, como insuficiência cardíaca, edema pulmonar ou choque cardiogênico (a perda da capacidade de bombear sangue para a correta nutrição dos órgãos).